4 de dez. de 2011

O (pior) Atletiba do Século.

Criou-se uma enorme expectativa para esse atletiba, não por acaso. Um batalhando para não cair, outro sonhando com a Libertadores. Ficou só na promessa.

Presenciamos noventa minutos de puro marasmo. O Coritiba não jogou aquilo que sabe jogar. O Atlético deu o seu máximo, que é bem limitado. Não é nem um pouco difícil de afirmar que foi o pior atletiba que eu já vi. Nenhum lance bonito, nenhuma discussão. E como se não bastasse as equipes, o juiz também (se) atrapalhou no jogo. Não deixou o jogo rolar, marcando faltas (e as que não eram faltas também) para cada jogador que caísse. E como se tudo isso não bastasse, as torcidas não deram o seu melhor, cada qual preocupando-se apenas com o adversário, e não com o seu próprio clube. Nenhuma das duas fez o seu papel. A Arena não lotou, confirmando que a maioria dos torcedores rubro-negros já estavam conformados com a Série B.

Parte disso se deveu ao silêncio que os clubes decidiram fazer durante a semana. Nenhuma polêmica, nenhum comentário que movimentasse as duas equipes. Não se teve espírito de rivalidade, e sim de cautela brusca e exagerada. Não é assim que se faz um bom clássico. Com isso, vimos o que vimos em campo. O gol do Atlético foi talvez o único lance de real perigo do jogo, tirando um ou dois momentos de chutes a gol tranquilamente defensáveis para os goleiros.

Ficou comprovado que a magia do Brasileirão acabou quando o último apito da penúltima rodada soou. Na rodada dos clássicos, o Cruzeiro abriu 4 a 0 pra cima do seu rival com uma facilidade imensa, que acabou com todas as chances do Atlético-PR de permanecer na elite do futebol brasileiro. Este jogo, por sinal, deu 6 a 1 pro clube azul.

Saindo de Curitiba, o Corinthians comemorou um título sem emoção, empatando em 0 a 0. O Vasco tentou, mas também não passou de um empate. O São Paulo venceu os reservas do Santos e, no primeiro tempo, a bolinha só pintava para o jogo mais sem graça da rodada: Atlético-GO e América-MG.

Uma última rodada completamente sem sal. Reafirmo: a final deste Brasileirão aconteceu na penúltima rodada.

Termino este rápido texto com um apelo importante: para usar a nomenclatura Atletiba do Século, que seja quando as duas equipes estiverem disputando um título nacional ou internacional. Nunca mais consideremos uma disputa por vaga na Libertadores x uma disputa para não cair pra Série B como um jogo do século, e creio que ficam bem claras as razões para que isso não volte a se repetir. Imprensa e torcedores erraram ao aplicar tal nome a esse jogo pífio. O Atletiba do Século ganhou um adjetivo nada memorável: o de pior do século.

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