4 de ago. de 2010

SWU, o festival da sustentabilidade

Três dias de shows, 26 atrações nacionais e internacionais já confirmadas, entre as quais estão grandes nomes do cenário musical, como Linkin Park, Rage Against the Machine e Kings of Leon. Todos buscando conscientizar o maior número de pessoas em torno da sustentabilidade, tema discutido veemente pelos vários líderes mundiais e que se tornou quase obrigatório ser discutido e viabilizado nos diversos ramos empresariais.

Esse será o Festival SWU (Starts With You – Começa com Você), que ocorrerá entre os dias 9 e 11 de outubro na cidade de Itu, em São Paulo. Apesar disso tudo, há quem não goste.


Nos bastidores, um grande esforço para viabilizar um evento desta magnitude em território brasileiro está sendo feito. Para se ter ideia, o último grande festival ocorrido no Brasil foi o longínquo Rock in Rio, em 2001. De lá para cá, apenas grandes shows individuais, caso dos Rolling Stones, U2 e Iron Maiden. E apesar disso tudo, há quem continue não gostando.

A ideia inicial é do empresário Eduardo Fischer, e é muito boa. O assunto do momento é sustentabilidade (e continuará sendo por vários e vários anos, pois o “sinal vermelho” da Terra já acendeu e estamos demorando a percebê-lo). O objetivo do evento não é apenas divertir o maior número de pessoas, mas também conscientizá-las. Dizer, através do que elas gostam, algo como: “Caras! Vocês têm que fazer a sua parte para salvar o planeta!”. Mas, apesar de tudo isso, muitos continuam não gostando do SWU.

No final de cada um dos três parágrafos iniciais eu disse que há pessoas que não gostam desta ótima iniciativa. E este texto é destinado a elas.

Quem foi aos últimos Rock in Rio, e até mesmo aos shows das grandes bandas, certamente criticará. Com toda a certeza o SWU não levará nem 30% do público total do Rock in Rio, em 2001, mas devemos observar que naquele ano tínhamos um grau de exigência muito menor da que encontramos hoje, quanto à segurança dos espectadores.

Questões como capacidade, segurança, comodidade e área para deficientes físicos não eram prioritárias. O importante era colocar o maior número de gente possível, independente dos riscos. Para exemplificar, a mesma exigência de capacidade acontece nos estádios de futebol.

O Maracanã já chegou a comportar 194 mil espectadores em uma partida de futebol. Hoje, o número máximo do estádio é de 82 mil lugares. Não se pode mais reclamar do número de pessoas que assistirão o evento. Os tempos mudaram e trouxeram mais racionalização por parte de quem promove espetáculos.

Agora, entro no problema “bandas”. Após a confirmação de grandes nomes nacionais (Capital Inicial e Jota Quest), o mundo cibernético entrou em colapso depois de tantas reclamações. Infelizmente Raul Seixas, Legião Urbana e Cássia Eller já não estão mais entre nós.

Há quem reclame da falta de alguns nomes internacionais, como Rush e Red Hot Chili Peppers. Bandas deste porte obtêm muito mais vantagem em fazer um show fora de grandes festivais, pois, além da valorização da sua marca, não há a preocupação com a divisão de palcos (e de renda) com outras bandas.

Infelizmente, é impossível agradar a gregos e troianos. Cada pessoa tem seu gosto musical, e a organização do SWU fez o possível para trazer ao Brasil artistas de diferentes estilos.

E para trazer grandes nomes é preciso bancá-los. E aqui vem o questionamento sobre o preço dos ingressos. É caro, mas nada além do que poderia se esperar. Para assistir a um show do Rush, no Brasil, o preço do ingresso para a pista normal é de R$250. Para assistir a um dia do SWU, o preço da pista é de R$240.

Por fim, há sim quem reclame da postura sustentável a que o SWU se dedica. Simplesmente não tenho o que falar para essas pessoas. A sustentabilidade nada mais é do que foco de todas as nações e empresas que querem um mundo melhor para se viver, e que estão preocupadas com o rumo que o planeta pode levar. Nas atuais circunstâncias, a Terra não sobreviverá muito mais do que as previsões realizadas. É preciso mudar, e o SWU dedica-se a isto.

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