13 de abr. de 2011

Mais um pequeno texto sobre a vida.

Que me perdoem os meus companheiros - e os (supostos) fãs -  do "Bora Curita" -, mas esse texto ainda não é o segundo da saga. (Logo ele vem. Fiquem espertos e tenham paciência).

Esse texto é mais um sobre a vida.

Há um ano eu caí.
Me arrebentei.
Não sei se fui empurrado ou se pulei do precipício.

O meu oceano de felicidade virou vapor. E virou vapor assim, de uma hora para outra. De um dia para o outro. O mundo já não fazia mais sentido. O mundo, as pessoas, os acontecimentos. Absolutamente nada era digno de qualquer senso.

Me vi sozinho.
Mas eu não estava sozinho.

Com o tempo, percebi que haviam pessoas ao meu lado. Cego, eu só enxergava uma.
Com o tempo, vi minha família e vi meus verdadeiros amigos. E eles estavam ali o tempo inteiro.
Com o tempo, olhar apenas para mim não era mais uma boa opção. Não havia mais esconderijo.

Depois de um ano, finalmente a minha vida volta a ter outro rumo. O vapor de felicidade agora é chuva, que volta a encher meu oceano. Mas a água não é mais a mesma. Se transformou. Essa é a minha atual felicidade. Não tenho alguém ao meu lado, mas tenho alguéns.

Alguéns que me fizeram ver uma vida inteira pela frente. Alguéns que me dão um novo ritmo. Um novo vislumbre do futuro.

O Lucas que nem remotamente pensava em conhecer novas pessoas, está conhecendo.
O Lucas que tinha desistido dos seus sonhos, volta a buscá-los.
O Lucas que tinha desistido de viver, agora vive cada segundo para buscar a felicidade (para si e para os outros), sendo feliz.
O Lucas descobriu que há sempre novos motivos para sorrir.

Caí, mas me reergui.
E agradeço a vocês, que estavam do meu lado quando eu (achava que) estava sozinho.

4 comentários:

  1. Que bonito! Ninguém nunca ta sozinho! A nossa dificuldade é aceitar que somos tão jovens, e ainda temos a vida toda pela frente! Cabeça erguida sempre!;)

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  2. Aos parça !
    Estamos ae velho !

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  3. Muito legal seu texto... é a vida, nua e crua... o vapor precisa acontecer, aquecido pelo sol, a água sobe as nuvens na forma de vapor, se condensa, e cai sob chuva, e limpa o céu e nos da de presente ele de novo azul... cair e levantar... essa é a vida, as vezes, beber, cair e levantar kkk...
    abraço

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  4. Primeira vez que vejo o blog, li alguns dos posts. Parabéns, você escreve bem. Porém, percebi que suas postagens mais "poéticas", como esta, são fracas quando comparadas as demais. Não me entenda mal, por favor. É apenas uma observação. Aliás, há pouco tempo vi uma reportagem com o Agualusa em que o autor tratou justamente sobre a dificuldade do jornalista em fazer Literatura, que decorre principalmente da linguagem empregada, bastante objetiva. Por incrível que pareça é um problema bastante comum. Isso acaba tornando Hemingway um saco pra mim... rs. Zele por tal aspecto e o nível das postagens vai melhorar ainda mais. De qualquer forma, ratifico meus parabéns. Fazia tempo que não via um blog assim despretensioso, que ao invés de buscar conferir "ares de intelectualidade" às postagens faz o que se propõe a fazer, com notável sinceridade no que está escrito. Abraços.

    Gabriela.

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